“A natureza está secando”: quilombo no Marajó vive impactos do arrozal e clima de violência

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terça-feira, 28 de abril de 2015

QUEM DERA - Antonio Juraci Siqueira

QUEM DERA...

Quem dera que meu cantar
pudesse salvar a tarde
prendesse os raios do sol
na rede do anoitecer,,,

Quem dera que meu poema,
prenhe de sonho e emoção,
pusesse pão sobre a mesa
dos que tem fome de amor...

Quem dera que a minha pena
pudesse quebrar algemas
dos que vivem prisioneiros
pelo crime de sonhar...

*
Autor: Antonio Juraci Siqueira, poeta marajoara de Cajary - Afuá, onde ainda menino descobriu a literatura através dos folhetos de cordel. Licenciado pleno em filosofia pela Universidade Federal do Pará, pertence a várias entidades lítero culturais e atua como professor de filosofia, oficineiro de literatura, performista e contador de histórias. possui mais de 80 títulos individuais publicados entre folhetos de cordel, livros de poesias, contos, crônicas, literatura infantil, histórias humorísticas e versos picantes. Colabora com jornais, revistas e boletins culturais de Belém e de outras localidades, além de contar com mais de 200 premiações em vários gêneros. em âmbito nacional e local.

Bordados com motivos ornamentais da cerâmica marajoara





Bordados executados por Neyde Vale sobre etamine, um tecido de algodão para bordados recomendado para ponto cruz, pois sua trama facilita a contagem dos pontos. Bordados de acordo com o livro de Giovanni Gallo "Motivos Ornamentais da Cerâmica Marajoara"

segunda-feira, 27 de abril de 2015

CABOCL@RTES 69

Flores - Óleo sobre tela (seis) tamanho 20 x 20 cm

 *
VER-O-VERDE

Aqui a vida é uma janela
o dia todo escancarada
na direção da flor mais bela

Aproveitadores do belo,
moradores privilegiados,
nessas mentes, não há grilo,
apesar de serem desprotegidos

Mas há compartilhamento
um grande amor inexplicável
uma troca de cumprimento
E de sabedoria inesgotável

A biodiversidade se ofereceu
tem água doce em excesso
a alimentação cai do céu
Não existe ambiente escasso

Ver-o-verde da porta,
é mais que uma magia
o visual único da mata
tem beleza em demasia.
*
Do livro de poesias O Verde que Arde de Francisco Moraes Teixeira, nascido em 2 de Junho de 1958 na cidade de Abaetetuba - Pará.