“A natureza está secando”: quilombo no Marajó vive impactos do arrozal e clima de violência

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terça-feira, 27 de março de 2012

Marajó na mídia: ESPECIAIS

Marajó na mídia: ESPECIAIS: Marca registrada: antiga cerâmica marajoara descoberta em escavações. Ilha de Marajó Um tesouro que o brasileiro precisa conh...

quarta-feira, 21 de março de 2012

MARGEM DE RIO - Flavio de Brito




Beira de rio
Flecheiro em oscilação
Guarás confinantes aos mururés...
Sossego no igarapé.

Local selecionado,
Flora, fauna...
Homem absorto.


No acontecer da tarde,
Carapanãs agridem o nativo,
(Ele não bamboleia)

Cobra-Grande abrir os olhos...
Rainha Boiúna taciturna...
Homem da mata trabalhando...
Águas movimentando-se...
Sua alcunha é remanso.


Jundiá paradinho na mira,
Jejú em meio as raízes asiladas,
Mundo de águas sem fenecimento...
Uma flechada repercute na mata.



O índio agora sorrí!
Mãe D'água também...

Menos o Jundiá.


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Fotos do marajoara HELLY PAMPLONA
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sábado, 17 de março de 2012

URUBU DO VER-O-PESO II


Quem convidou foi seu primo marajoara.
- Lá a comida é de primeira, tudo é fartura!
Morre no verão os búfalos, tamanha terra dura
E os peixes, já não escutam o canto da "uiara".

- Seu lugar deve ser um lugar muito agradável!
- Diria que é um paraíso urubuzino formidável!
- Até lá, Qual a distância seria? Pode ser mensurável?
- Não te preocupes, sou companhia amigável.

O vaqueiro observando uma vaca atolada à beira do lago.
É o primeiro sinal que chegaram à morada do primo
Mais à frente outro animal fraco, arregala os olhos
Ao perceber que alguns urubus jogam pôquer ao seu lado
Como se soubesse a hora do fim por Deus dado.

Carne e mais carne - Que tanta fartura é essa?
- Coma devagar primo! Calma! Não tenha pressa!

Dias. Meses se passaram, mas ele não estava alegre
Tinha um vazio existencial dentro da alma
- O que foi primo?  Não gostaste da linda paisagem?
Sabe o que é primo? Aqui se come muito, tem muita calma!
Mas volto hoje pro Ver-o-peso, gosto mesmo é da sacanagem.

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Fonte: mais um escritor sem livro de Daniel Nicácio
Foto: Ronaldo Salame

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quinta-feira, 15 de março de 2012

COBRA GRANDE - Waldemar Henrique


COBRA GRANDE

Credo cruz!
Lá vem a cobra grande
Lá vem a boiúna de prata
A danada vem rente a beira do rio
E o vento grita alto no meio da mata

Credo cruz!
Cunhatã te esconde
Lá vem a cobra grande
Faz depressa uma oração
Pra ela não te levar

A floresta tremeu quando ela saiu
Quem estava por perto de medo fugiu
E a boiúna logo tão depressa
Que somente um clarão foi o que se viu

A noiva cunhatã está dormindo medrosa
Agarrada com força no punho da rede
E o luar faz mortalha em cima dela
Pela fresta quebrada da janela.

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Foto do marajoara Helly Pamplona.

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sábado, 10 de março de 2012

CABOCL@RTES 24

Óleo s/tela 30 x 50 


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EU, O BOTO


Eu venho de um mundo
que tu não conheces:
do onde, do quando,
do nunca, talvez ...

Eu venho de um rio
perdido em teus sonhos,
num rio insondável
que corre em silêncio
entre o ser e o não ser.

Eu venho de um tempo
que os homens não medem:
nenhum calendário
registra meus dias.

Sou filho das ondas
que gemem na praia,
sou feito sombra,
de luz, de luar
e trago em meu rosto
mandinga e mistério,
e guardo em meus olhos
funduras do rio.

Cuidado, cabocla !
Cuidado comigo
que sou sempre tudo
o que anseias que eu seja:
teus ais, teus segredos,
tua febre, teu cio ...

Se em noite de lua
sentires insônias
e a fome de sexo
queimar tuas entranhas,
a sede de beijos
tua boca secar
e em brasa o teu corpo
meu corpo exigir,
contigo estarei
na rede do encanto
cativo nas malhas
da teia do amor.

E quando teus olhos
fitarem meus olhos,
e quando meus lábios
teus lábios tocarem,
e quando meus braços
laçarem teu corpo,
e quando meu ser
em teu ser penetrar,
só então saberás
quem sou e a que vim.

E assim que a semente
do amor, do desejo,
vingar no teu ventre
gerando outro ser,
não mais estarei
contigo, somente
a minha lembrança
permanecerá
boiando nas águas
barrentas e confusas,
da tua memória
cansada, febril ...
- Foi sonho? - Foi fato?
Ninguém saberá !...

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Autor: meu poeta marajoara ANTONIO JURACI SIQUEIRA
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quarta-feira, 7 de março de 2012

AJUÊ SÃO BENEDITO

A fé em São Benedito, o espírito comunitário e o amor entre dois jovens, são os ingredientes desta estória que narra a luta de um grupo de seringueiros para libertar-se do trabalho escravo num seringal da Amazônia.
É um filme genuinamente paraense! Curta esse longa!

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terça-feira, 6 de março de 2012

MARAJÓ a Ditadura da água


MARAJÓ A DITADURA DA ÁGUA é o retrato falado de quase dez anos de vida participada em todos os níveis, acompanhando os pescadores na pesca do mato, vivendo com eles no galho do pau ou numa embarcação na imensidade do mondongo. Bichos, visagens, pajelança, medicina da terra, experiência pastoral são os ingredientes da vida deste padre no Marajó que os brasileiros não conhecem. É a coleção e a seleção dos artigos publicados em "O Liberal" e o "Estado do Pará".

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Fonte: contra-capa do livro

SAPUCAIA


A árvore que produz esse ouriço recebe diversos nomes:  castanha-sapucaia, cumbuca-do-macaco ou simplesmente sapucaia. Florescem de setembro a outubro. Os frutos arredondados, com cascas rígidas crespas ou lisas e espessas de coloração castanha. Quando maduros abrem na sua porção inferior através de uma "tampa" liberando as sementes comestíveis e saborosas. Os frutos levam cerca de dez meses para ficarem maduros.
As amêndoas aromáticas e oleaginosas podem ser consumidas cruas, cozidas ou assadas e substituem nozes ou castanhas comuns no preparo culinário. Possui também propriedades medicinais: as cascas são adstringentes, suas folhas são usadas como tonicardíacas e diuréticas.
As cumbucas são transformadas em objetos de usos artesanais e instrumentos musicais (foto acima). 
A sapucaia ocorre em vários estados do Brasil.

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Fonte: net
                                                                                                                                                                                                      

quinta-feira, 1 de março de 2012

CABOCL@RTES 23


Mangal das Garças - óleo s/tela 20 x 25

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MANGAL DAS GARÇAS - um lugar que era  uma área alagada com extenso aningal e que foi transformado num Complexo Turístico, com fauna e flora amazônica em plena cidade de Belém.

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